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Beskrivelse
O "Esbo o de uma moral sem obriga o nem san o" recusa os pontos de vista dogm ticos de Kant, que sustenta que a tica se assenta em uma lei universal exterior ao homem. Ao contr rio, afirma Guyau, a moral nasce de um princ pio imanente que nada mais que a pr pria vida. E porque a vida suscita sempre mais pluralidade, existe "anomia", ou seja, "aus ncia de lei fixa". Em suma, Guyau entende que "a verdadeira autonomia deve produzir a originalidade individual e n o a uniformidade individual". Da a necessidade de uma "moral dos fatos" devolvendo a metaf sica condi o de um jogo de hip teses pr prio de cada um. O vitalismo de Guyau inova por n o se reduzir a um hedonismo simpl rio: o homem tem necessidade de viver segundo grandes ideias, sendo a ideia antes de mais nada o resultado de uma for a que busca se exprimir. Por conseguinte: "Aquele que n o conforma sua a o ao seu mais elevado pensamento est em luta consigo mesmo, dividido interiormente". Guyau rejeita assim o utilitarismo moral de Berkeley - advers rio de Kant - para quem n s s agimos de maneira calculista visando o prazer. Quanto ao ego smo, ele aparece como uma "mutila o" nossa "espontaneidade natural" nos impele, ao contr rio, "solidariedade". A pol tica n o se op e mais natureza, mas a prolonga. Por ter reaberto a possibilidade de um homem naturalmente moral, Guyau exerceu uma forte influ ncia sobre a filosofia anarquista de Kropotkin, que dedicou a ele um cap tulo fundamental da sua tica. Nietzsche vai igualmente cobrir de notas elogiosas a sua edi o do Esbo o, encontrando nele os fermentos fecundos de sua "vontade de pot ncia". Porque a vida, escreve Guyau, "fecundidade" ela um "poder" que, pelo fato de nos exceder, imp e-se como um "dever" essa "semente do futuro j transbordando no presente".Philippe Nassif (Philosophie Magazine)Publicado pela primeira vez em 1885, o "Esbo o de uma moral sem obriga o nem san o" nos prop e uma teoria tica inspirada pelo evolucionismo e a psicofisiologia nascente. Seu princ pio, a tend ncia da vida mais expans o e mais intensidade, permite a seu autor, Jean-Marie Guyau (1854-1888), situar-se em contraposi o s duas tend ncias da moral - segundo ele: o utilitarismo anglo-sax o e o kantismo continental. Ele o leva tamb m a nos oferecer a perspectiva original de uma moral da vida nesse livro refinado e melancolicamente corajoso (Nietzsche).(apresenta o da edi o Belles-Lettres)Partindo da concep o fundamental da vida intensa e extensiva, Guyau se prop e a investigar aquilo que seria e at onde poderia ir uma moral da qual n o fizesse parte nenhum "preconceito", na qual tudo fosse examinado e apreciado em seu justo valor, tanto no aspecto das certezas, quanto no aspecto das opini es e hip teses simplesmente prov veis. Para isso, ele distingue a moral racional da moral ordin ria. Podemos, ali s, conceber muito bem que a esfera da demonstra o intelectual n o se iguale em extens o esfera da a o moral. Nesse caso, o costume, o instinto e o sentimento guiam o homem. preciso apenas saber que obedecemos, ent o, aos impulsos mais generosos da natureza humana, ao mesmo tempo que s mais justas necessidades da vida social. A moral cient fica n o deve ter a pretens o de abranger tudo. Ela pr pria deve trabalhar para delimitar o seu dom nio. preciso que ela consinta em dizer com franqueza: nesse caso, eu n o posso prescrever nada imperativamente em nome do dever. Ent o, n o h mais obriga o e nem san o: apenas os instintos mais profundos permanecem agindo. Cada um, ent o, fica entregue ao seu "self-government". a liberdade na moral que consiste na absten o da regula o cient fica, todas as vezes em que ela n o pode ser justificada com um rigor suficiente. Esse livro pode ser considerado como uma tentativa de determinar o alcance, a extens o e, tamb m, os limites de uma moral exclusivamente c